sexta-feira, 3 de setembro de 2010

sobre gravuras



De acordo com o gravurista e professor da FAV José César T. S. Clímaco – ZèCésar –, no livro De gravuras e cidades (Ed. UFG, 2010), a palavra gravura serve tanto para designar o processo de preparação de uma matriz (madeira, pedra, metal, papelão, etc.) quanto o resultado de todo o processo, ou seja, a “obra impressa”, que, no geral, utiliza o papel como suporte.

gravura em metal de Selma Parreira
 O trabalho de elaboração da gravura passa basicamente por duas etapas principais: a elaboração da matriz e a impressão de uma tiragem pré-estabelecida, o que gera uma determinada quantidade de obras de arte que, apesar de produzidas em série e de forma repetida, garantem sua individualidade pela numeração e assinatura do artista, feitos à lápis, de acordo com uma tradição estabelecida para o processo. Os processos mais conhecidos de gravura são a xilogravura, a gravura em metal, a litografia e a serigrafia, dependendo do material utilizado para a elaboração da matriz.

serigrafia de Alexandre Liah

monotipia de Elder Rocha Lima
Como obra de arte, se por um lado a gravura se apresenta como uma forma de democratização do acesso ao trabalho de grandes artistas, por outro, a existência de artistas que se dedicam com exclusividade a esse processo, promovem o desenvolvimento de trabalhos às vezes únicos. Lembra-se ainda que, sendo bem conservada, a gravura é uma peça que nunca desvaloriza, como investimento.

colagravura de ZèCésar
 Diz ainda ZèCésar, que além dos processos já tradicionalmente conhecidos, outros materiais e suportes tem sido estudados por vários artistas, como o linóleo, a monotipia, a colagravura e a gravura em plástico e carborundo.

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