domingo, 12 de setembro de 2010

regulamento do Clube do Papel

CLUBE DO PAPEL BECO DAS ARTES

– regulamento –

O objetivo de criação do Clube do Papel Beco das Artes, é oferecer aos aficionados por essa modalidade de suporte, a possibilidade de adquirir obras de arte de forma parcelada, ampliando assim sua coleção, ou mesmo, iniciando uma. O funcionamento do Clube e a participação do interessado obedecerão ao seguinte regulamento:

1 - Cada participante se compromete a pagar uma mensalidade pré-estabelecida de R$ 100,00 que poderá, com o tempo, ser majorada, desde que de total concordância de todos os associados;

2 - Fica definido o dia 10 (dez) de cada mês para a efetivação do pagamento de mensalidades;

3 - A coordenação do Clube (Galeria Beco das Artes) se encarrega de, periodicamente (a cada quatro meses), apresentar uma seleção de obras de arte em papel (gravura ou desenho), para, em reunião dos participantes, cada um escolher a que mais lhe agradar;

4 - A data para a escolha dos trabalhos deverá coincidir com o pagamento de mensalidades (dia dez), para maior facilidade de contabilidade;

5 - Não existe obrigatoriedade de escolha, podendo o participante que assim preferir, deixar para a reunião seguinte a escolha do trabalho de sua preferência;

6 - No ato da escolha, o participante complementará o pagamento do trabalho, se, no momento, o seu saldo for inferior ao valor do trabalho e, em caso contrário, permanecer com saldo para a escolha seguinte;

7 - Fica estabelecido  o dia dez de dezembro de 2010 para a primeira reunião de escolha das obras de arte oferecidas, tendo em vista as festas de fim de ano;

8 - Para divulgação dos trabalhos e informações sobre os artistas, o Beco das Artes criou este blog, específico que será alimentado permanentemente com informações de interesse do grupo.

Goiânia, setembro de 2010.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ZèCésar

ZèCésar e Selma Parreira em evento no Beco das Artes
José César Teatini de Souza Clímaco, é graduado em Ciências Sociais e Artes Plásticas pela Universidade Federal de Goiás, com doutorado pela Universidad Complutense de Madrid, Espanha.

maneira-negra em gravura com carborundo, impressão calcográfica.
Gravurista por excelência, ZèCésar que é professor de gravura na Faculdade de Artes Visuais da UFG desde 1980, vem desenvolvendo ao longo de sua carreira, uma série de estudos e pesquisas sobre material, tanto para elaboração de matriz como para impressão, o que vem registrando em publicações como Gravuras em matrizes de plástico (UFG, 2004), e De gravuras e cidades (UFG, 2010).

ponta-seca e água-tinta sobre chapa de circuito impresso, com impressão em oco
Em seu trabalho, ZèCésar utiliza materiais como chapa de acrílico, papel pinho, e papelão para a preparação de matrizes e papel de arroz, jornal e papel adesivo, como suportes, conseguindo resultados completamente diversos do tradicional.

matriz de alumínio recortado e colado sobre papelão, com impressão calcográfica
ZèCésar já expôs seus trabalhos em várias capitais brasileiras, e também em Lima no Perú e em Madri na Espanha.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

sobre gravuras



De acordo com o gravurista e professor da FAV José César T. S. Clímaco – ZèCésar –, no livro De gravuras e cidades (Ed. UFG, 2010), a palavra gravura serve tanto para designar o processo de preparação de uma matriz (madeira, pedra, metal, papelão, etc.) quanto o resultado de todo o processo, ou seja, a “obra impressa”, que, no geral, utiliza o papel como suporte.

gravura em metal de Selma Parreira
 O trabalho de elaboração da gravura passa basicamente por duas etapas principais: a elaboração da matriz e a impressão de uma tiragem pré-estabelecida, o que gera uma determinada quantidade de obras de arte que, apesar de produzidas em série e de forma repetida, garantem sua individualidade pela numeração e assinatura do artista, feitos à lápis, de acordo com uma tradição estabelecida para o processo. Os processos mais conhecidos de gravura são a xilogravura, a gravura em metal, a litografia e a serigrafia, dependendo do material utilizado para a elaboração da matriz.

serigrafia de Alexandre Liah

monotipia de Elder Rocha Lima
Como obra de arte, se por um lado a gravura se apresenta como uma forma de democratização do acesso ao trabalho de grandes artistas, por outro, a existência de artistas que se dedicam com exclusividade a esse processo, promovem o desenvolvimento de trabalhos às vezes únicos. Lembra-se ainda que, sendo bem conservada, a gravura é uma peça que nunca desvaloriza, como investimento.

colagravura de ZèCésar
 Diz ainda ZèCésar, que além dos processos já tradicionalmente conhecidos, outros materiais e suportes tem sido estudados por vários artistas, como o linóleo, a monotipia, a colagravura e a gravura em plástico e carborundo.